BRCG

Pesquisa mensal de serviços (mai/21)

13/07/2021

Bottom line:  O volume de serviços registrou expansão de +23,0% interanual em maio, consistente com expansão mensal de +1,2%. O resultado foi levemente melhor do que a mediana das expectativas de mercado (+22,2%), com a forte expansão interanual ainda refletindo o efeito-base favorável gerado pela eclosão da Covid em 2020.  Na série ajustada sazonalmente, o volume de serviços se encontra 0,2p.p. acima do nível pré-Covid (fev/20),  indicando plena recuperação do choque da 2a onda da pandemia. A heterogeneidade subsetorial continua marcante, com resultado particularmente negativo nos “Serviços prestados às famílias”, ainda que estes tenham recuperado de forma importante durante o 2o trimestre. Os indicadores de alta frequência de maio sugerem que a retomada da atividade tem sido forte, com sinais particularmente intensos no varejo e nos serviços. Os indicadores antecedentes de junho sugerem manutenção do ímpeto até o final do trimestre, implicando em leve viés positivo para a nossa projeção de crescimento do PIB de 5,0% em 2021.  

O volume de serviços registrou expansão de +23,0% interanual em maio, consistente com expansão mensal de +1,2%. O resultado foi levemente melhor do que a mediana das expectativas de mercado (+22,2%), com a forte expansão interanual ainda refletindo o efeito-base favorável gerado pela eclosão da Covid em 2020. No acumulado em 12 meses, o volume de serviços diminuiu a contração para -2,1% (tabela 1). O resultado mensal foi marcado pelo forte avanço dos “Serviços prestados às famílias” (+17,9%), construído sobre uma expansão mensal já relevante em abril (+9,4%); a “normalização” deste segmento está sendo bem mais rápida do que o esperado após o choque da 2a onda da pandemia. Como nota negativa, houve mais um recuo na margem em  “Outros serviços” (-0,2%), reforçando a dificuldade de normalização deste segmento enquanto as restrições sanitárias não estiverem plenamente resolvidas.
Na série ajustada sazonalmente, o volume total de serviços se encontra 0,2p.p. acima do nível pré-Covid (fev/20), indicando plena recuperação do choque da 2a onda. A heterogeneidade subsetorial continua marcante (gráfico 1). Do lado positivo, “Serviços de informação e comunicação” e “Transportes” encontram-se, respectivamente, 6,4p.p. e 4,7p.p. acima do nível pré-Covid; do lado negativo, “Serviços prestados às famílias” e “Serviços profissionais” encontram-se, respectivamente, 29,1p.p. e 2,7p.p. abaixo do nível anterior à pandemia. Ressalta-se que os “Serviços prestados às famílias” registraram importante retomada entre abril e maio, de praticamente 10,0p.p. – a manutenção dessa derivada será a variável central a se observar no curto prazo.
Em conclusão, os indicadores de alta frequência de maio sugerem que a retomada da atividade durante o 2o trimestre tem sido forte, com sinais particularmente intensos no varejo e nos serviços (gráfico 2). Os indicadores antecedentes de junho sugerem manutenção do ímpeto até o final do trimestre, o que implica em leve viés positivo para a nossa projeção de crescimento do PIB de 5,0% em 2021.  
Tabela 1: Principais resultados da PMS
 
Pesquisa Mensal de Serviços
mai-21abr-21
MsMAsAac. 12mMsMAsAac. 12m 
Total1.2%23.0%-2.1%1.3%20.1%-5.3%
1. Serviços prestados às famílias17.9%76.5%-27.9%9.4%65.8%-34.3%
2. Serviços de informação e comunicação-1.0%14.2%2.4%2.5%12.8%0.5%
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares1.0%15.9%-6.7%-0.1%12.2%-9.5%
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio3.7%32.6%0.1%0.2%31.0%-3.9%
5. Outros serviços-0.2%20.6%7.9%-0.7%17.0%5.7%
Fonte: IBGE
Elaboração: BRCG
Gráfico 1: PMS e subsetores selecionados (2014=100, série ajustada sazonalmente)
Gráfico 2: Principais variáveis de alta frequência (2014=100, SA)