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Vendas no varejo (fev/21)

13/04/2021

As vendas no varejo restrito decepcionaram marginalmente em fevereiro, com expansão de +0,6% mensal e contração de -3,8% anual. Ambos os resultados foram mais fracos do que a mediana das expectativas de mercado, desacelerando a expansão acumulada em 12 meses para somente +0,4%. O varejo ampliado, no entanto, surpreendeu positivamente, com expansão de +4,1% mensal e contração de -1,9% anual. Ambos os resultados foram bem mais fortes do que a mediana de mercado, mas, ainda assim, a contração acumulada em 12 meses ampliou para -2,3%.  É inequívoco que os resultados de fevereiro representaram um alento, com retomada do nível (ajustado sazonalmente) do varejo a valores superiores ao pré-Covid (fev/20). Os indicadores antecedentes de março, no entanto, são muito negativos, sugerindo que essa recuperação terá vida curta.

As vendas no varejo restrito decepcionaram marginalmente em fevereiro, com expansão de +0,6% mensal e contração de -3,8% anual. Ambos os resultados foram mais fracos do que a mediana das expectativas de mercado (respectivamente +0,7% e -3,1%), desacelerando a expansão acumulada em 12 meses para somente +0,4%. Os principais destaques negativos, na métrica mensal, ocorreram nos setores de combustíveis e lubrificantes (-0,4%), artigos farmacêuticos (-0,2%),  equipamentos de comunicação e informática (-0,4%) e “outros artigos pessoais” (-0,5%). Do lado positivo, e em muitos casos devido à base favorável gerada em janeiro, expandiram-se as compras de “livros, jornais e papelaria” (+15,4%), móveis e eletrodomésticos (+9,3%) e vestuário (+7,8%).

O varejo ampliado (que inclui material de construção e veículos, partes e peças), no entanto, surpreendeu positivamente, com expansão de +4,1% mensal e contração de -1,9% anual. Ambos os resultados foram bem mais fortes do que a mediana de mercado (respectivamente +1,8% e -4,1%), com crescimento na margem robusto tanto em veículos (+8,8% mensal e -3,8% anual) como em material de construção (+2,0% mensal e +17,9% anual). Apesar da surpresa positiva, a contração acumulada em 12 meses ampliou para -2,3%.
É inequívoco que os resultados de fevereiro representaram um alento, com retomada do nível (ajustado sazonalmente) do varejo a valores superiores ao pré-Covid (fev/20), tanto na métrica restrita como na ampliada. Os indicadores antecedentes de março, no entanto, são muito negativos, sugerindo que a pequena recuperação observada terá vida curta.
Maiores detalhes podem ser observados na tabela e no gráfico abaixo.
Pesquisa Mensal de Comércio
fev-21jan-21
MsMAsAac. 12mMsMAsAac. 12m 
Varejo restrito0.6%-3.9%0.4%-0.2%-0.4%1.1%
Combustíveis e lubrificantes-0.4%-10.3%-11.1%0.3%-7.8%-10.3%
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo0.8%-4.6%4.4%-2.1%1.2%5.1%
Tecidos, vestuário e calçados7.8%-18.6%-25.4%-8.3%-21.3%-24.2%
Móveis e eletrodomésticos9.3%0.6%8.2%-11.0%-5.2%9.1%
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos-0.2%8.9%8.9%2.4%12.9%8.8%
Livros, jornais, revistas e papelaria15.4%-41.0%-42.3%-25.7%-53.2%-38.6%
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação-0.4%-10.7%-16.6%2.3%-13.5%-16.7%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico-0.5%2.0%2.2%7.6%9.8%2.7%
Varejo ampliado4.1%-1.9%-2.3%-2.2%-3.1%-2.0%
Veículos, motocicletas, partes e peças8.8%-3.8%-15.9%-4.3%-15.5%-15.6%
Material de construção2.0%17.9%13.0%0.1%11.1%11.5%
Fonte: IBGE
Elaboração: BRCG