14/09/2021
Bottom line: O volume de serviços veio praticamente alinhado às expectativas de mercado, com expansão de +1,1% mensal e +17,8% interanual. O crescimento mensal foi puxado pelos “Serviços prestados às famílias”, que mantiveram sua derivada de recuperação. Os indicadores de alta frequência de julho indicam um padrão bastante heterogêneo neste início de 3o trimestre, com consumo (varejo e serviços) forte e oferta (indústria) em franca desaceleração. Esse padrão deve se manter adiante, com progressiva transição do consumo de bens (varejo) para o consumo de serviços. Reafirmamos nossa projeção de crescimento de 5,0% para o PIB de 2021.
O volume de serviços registrou expansão de +17,8% interanual em julho, consistente com expansão mensal de +1,1%. O resultado foi praticamente alinhado à mediana das expectativas de mercado (+18,0%), com a quarta expansão mensal em sequência mantendo o ciclo de aceleração do setor de serviços. No acumulado em 12 meses, o volume de serviços passa à expansão de +2,9% (tabela 1), dinâmica que deve continuar acelerando adiante. O qualitativo do crescimento mensal foi pior do que o observado em junho, com concentração do resultado positivo em “Serviços prestados às famílias”. Na série ajustada sazonalmente, o volume total de serviços se encontra 3,9p.p. acima do nível pré-Covid (fev/20).
A heterogeneidade subsetorial continua relevante (gráfico 1). Do lado positivo, “Serviços de informação e comunicação”, “Transportes” e “Outros serviços” encontram-se, respectivamente, 9,6p.p., 6,9p.p. e 6,8p.p. acima do nível pré-Covid; do lado negativo, “Serviços prestados às famílias” ainda se encontram 23,2p.p. abaixo do nível anterior à pandemia. Ressalta-se que os “Serviços prestados às famílias” registraram importante retomada desde março, de praticamente 21,0p.p., em dinâmica que deve se manter no curto prazo e dar suporte à retomada dos serviços durante o trimestre corrente.
Em conclusão, os indicadores de alta frequência de julho indicam um padrão bastante heterogêneo no início do 3o trimestre, com consumo (varejo e serviços) forte e oferta (indústria) em franca desaceleração (gráfico 2). Esse padrão deve se manter adiante, com progressiva transição do consumo de bens (varejo) para o consumo de serviços. Reafirmamos nossa projeção de crescimento de 5,0% para o PIB de 2021.
Tabela 1: Principais resultados da PMS
| Pesquisa Mensal de Serviços | ||||||
| jul-21 | jun-21 | |||||
| MsM | AsA | ac. 12m | MsM | AsA | ac. 12m | |
| Total | 1.1% | 17.8% | 2.9% | 1.8% | 21.2% | 0.4% |
| 1. Serviços prestados às famílias | 3.8% | 76.3% | -12.4% | 6.4% | 73.0% | -21.0% |
| 2. Serviços de informação e comunicação | -0.4% | 11.2% | 4.8% | 2.6% | 13.9% | 3.7% |
| 3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0.6% | 14.1% | -1.9% | 1.5% | 16.7% | -4.2% |
| 4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0.2% | 20.9% | 5.8% | 1.6% | 27.7% | 3.1% |
| 5. Outros serviços | -0.5% | 10.8% | 9.5% | 2.4% | 15.5% | 8.9% |
| Fonte: IBGE | ||||||
| Elaboração: BRCG | ||||||
Gráfico 1: PMS e subsetores selecionados (2014=100, série ajustada sazonalmente)
Gráfico 2: Principais variáveis de alta frequência (2014=100, SA)
