A pesquisa mensal de serviços frustrou marginalmente em junho, mas com revisões positivas na série histórica que acabaram por manter uma dinâmica robusta no 2023.T2. Na margem, houve crescimento de +0,2%, consistente com expansão interanual de +4,1%. Ambos os resultados foram levemente inferiores ao esperado (respectivamente +0,5% e +4,2%), com revisões na série ajustada sazonalmente (na margem, a expansão de maio subiu de +0,9% para +1,4%) e na série sem ajuste (o crescimento interanual de maio subiu de +4,7% para +5,0%). No acumulado em 12 meses, o volume de serviços continua se expandindo, a robustos +6,2%, mantendo o suave processo de redução do crescimento acumulado que temos observado há alguns meses (tabela 1).

Nas aberturas do resultado, configurou-se um desempenho robusto em junho, com expansão marginal em três das cinco categorias analisadas. Destaque para a leitura de serviços prestados às famílias, com uma aceleração do crescimento marginal (tabela 1) que já coloca o segmento em expansão da margem extensiva – ou seja, estamos além do patamar observado no pré-pandemia. Em nível (ajustado sazonalmente), os serviços crescem suavemente, aproximando-se cada vez mais do pico registrado ao final do ano passado (gráfico 1).

Em conclusão, a bateria de dados de alta frequência de junho confirma uma robustez da economia superior à esperada há alguns meses, com destaque para serviços e varejo ampliado (gráfico 2). O desempenho recente sugere revisão do crescimento do PIB no 2023.T2, que agora esperamos ser, em termos interanuais, de +2,3% (anterior: +1,9%). Com isso, revisamos a projeção de crescimento do PIB em 2023 para +2,0% (anterior: +1,8%).